Nascido em Lisboa, em 6 de fevereiro de 1608, Antônio Vieira foi um filósofo, escritor e, sobretudo, orador. Filho de um escrivão, veio para o Brasil ainda criança, passando a residir em Salvador, onde estudou no Colégio dos Jesuítas. Ingressou na Companhia como noviço em 1623 e foi ordenado sacerdote em 1634.
Ao longo de toda a sua vida, o Padre Vieira se destacou por seus dotes para a oratória, com sermões de forte teor político e moralizador, repletos de alegorias, como era comum no período barroco. Foi defensor da liberdade dos índios, que eram então utilizados como mão de obra escrava, e falou a favor dos judeus, o que acarretou problemas com o Santo Ofício. Além de orador e escritor, atuou como diplomata, representando a Coroa Portuguesa em negociações com a França e os Países Baixos. Seu legado como escritor compreende mais de 150 sermões, mais de 700 cartas, relatórios, pareceres e outros documentos.
Durante os anos 1996-1997, uma equipe de pesquisadores desenvolveu na Biblioteca Nacional do Brasil um extenso trabalho de pesquisa, buscando inventariar todo o acervo referente ao Padre Antonio Vieira existente na instituição. A maior parte se concentra na Divisão de Manuscritos, que conta com cerca de 900 cópias de documentos de e sobre Vieira produzidos a partir do século XVIII.
O catálogo do acervo referente ao Padre Antônio Vieira, que pode ser consultado na Divisão de Manuscritos, apresenta uma bibliografia de cerca de 500 títulos sobre o jesuíta. Com essa publicação, buscou-se não apenas criar um instrumento de pesquisa, mas também divulgar um importante conjunto documental, proveniente do período colonial brasileiro, o qual requer atenção por meio de ações que visem preservar sua integridade.
Conheça mais sobre o Padre Antônio Vieira acessando a BNDigital, em: bndigital.bn.br/acervodigital/
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