Posts Tagged ‘Divisão de Obras Raras’

FBN | 22 de agosto, Dia Nacional do Folclore

agosto 22, 2017

O Dia Nacional do Folclore foi criado em 1965, através do Decreto Federal nº 56.747. Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Folclore, em 1951, “constituem fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação”. Nesse sentido, podem ser considerados como elementos folclóricos todos os mitos, lendas, contos populares, brincadeiras, provérbios, adivinhações, festas, encenações, músicas e demais manifestações culturais próprias de cada povo.

Em homenagem ao Dia Nacional do Folclore, a Fundação Biblioteca Nacional selecionou um texto e uma fotografia contida no “Catálogo da Exposição Dia Internacional do Folclore e Mello Moraes Filho (1969)”, disponível no Acervo de Obras Raras da BNDigital, sobre um dos personagens mais conhecidos das histórias populares do Brasil, o Bumba-meu-boi.

bumba meu boi

“BUMBA-MEU-BOI, de Zé Caboclo (Caruaru-Pernambuco)

A mais complexa forma de representação popular brasileira, com múltiplas variantes, registradas em quase todos os Estados, o bumba-meu-boi é o folguedo nacional de maior significação em quase todos os Estados, o bumba-meu-boi é o folguedo nacional de maior significação estética e social. Seu entrecho é todavia muito simples. Conta a história da morte do boi de estimação da fazenda e sua ressurreição, após várias peripécias, entre a alegria que estabelece o congraçamento geral. Dessa concepção, partem as variantes. Em certos lugares, por exemplo, em vez da morte e ressurreição, o boi é perdido ou roubado e depois reencontrado.

O folguedo é exibido normalmente dos meados de novembro à noite de Reis, 6 de janeiro, pertencendo, portanto, ao ciclo do Natal. Mas, em alguns Estados, especialmente os do extremo norte do país (do Piauí ao Amazonas), representa-se em junho, por ocasião das festas de São João.

A representação é feita geralmente em campo aberto. Os figurantes são numerosíssimos e de caráter satírico.

Zé Caboclo, ceramista de Caruaru, Estado de Pernambuco, fixa, neste conjunto, o “bumba-meu-boi” de sua região.”

Acesse o catálogo na íntegra através do endereço: http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_obrasraras/or1292556/or1292556.pdf

Pesquise mais sobre o Folclore Brasileiro em nosso Acervo Digital: http://bndigital.bn.gov.br/acervodigital

#FBNnamidia #bibliotecanacional #fundacaobibliotecanacional #DiaNacionalDoFolclore #DiaDoFolcloreBrasileiro #folclore #folclorebrasileiro

Biblioteca Nacional guarda primeira edição de Macunaíma

fevereiro 15, 2012

Primeira edição de Macunaíma e outros três livros de Mário de Andrade estão no acervo da BN

A imagem abaixo reproduz trecho de um exemplar do clássico Macunaíma, do modernista Mário de Andrade. A primeira edição da obra, com tiragem de apenas 800 exemplares, impressos em papel e tinta de baixa qualidade, é considerada, atualmente, um tesouro da Literatura Brasileira.

A escolha dos materiais utilizados provavelmente foi decisão do autor de imprimir uma tiragem maior do que conseguiria, se optasse por qualidade superior – consta que esta publicação foi financiada pelo próprio Mário de Andrade. Lançado em 1928, o livro tem 283 páginas e pertence ao acervo de Obras Raras da Biblioteca Nacional.

Macunaíma: o herói sem nenhum caracter. São Paulo: [Oficinas Gráficas de Eugenio Cupolo, 26 jul.] 1928. 283 p.:

Primeira página do clássico escrito por Mário de Andrade

Outras obras de Mário de Andrade no acervo da Divisão de Obras Raras:

Paulicea desvairada por Mario de Andrade.
Dezembro de 1920 a dezembro de 1921. S. Paulo :, Casa Mayença,, 1922. 143 p. 1 est. color., 17,5 cm.
Desenho de Antonio Moya.
Raridade/Importância: Primeira edição

O Losango cáqui eu afetos militares de mistura com os porquês de eu saber alemão [Capa de Di Cavalcanti]
Área de edição: 1a. edição
Imprenta: S. Paulo :, Casa Editora A. Tisi,, 1926.
Descrição Física: [76] p. [1]f., 17 cm.
Encadernado com as capas
Raridade/Importância: Primeira edição, 800 exemplares.

Amar, verbo intrazitivo; idilie (1923-1924)
São Paulo :, Casa Editora Antonio Tisi,, 1927. 231 p., 18 cm.
Folha de rosto com mss, à tinta: 1927.
Raridade/Importância: Primeira edição

“Bíblias do Mundo” em exposição na Biblioteca Nacional

dezembro 16, 2011

A Divisão de Obras Raras da Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC) convida para a mostra “Bíblias do Mundo – Testemunhos de arte e fé”. Até o dia 31 de janeiro, os visitantes de todo o Brasil e do mundo terão acesso a preciosos exemplares dos livros que fazem parte do acervo da Biblioteca Nacional. O objetivo do evento é mostrar as diversas e valiosas edições da Bíblia elaboradas em várias épocas. São obras escritas a mão, com detalhamentos artesanais, muitas com ilustrações feitas com buril e outras técnicas antigas.

Cerca de 20 livros serão expostos, algumas da Real Biblioteca, outras da Coleção Theresa Cristina, do Imperador Pedro II, e muitas de colecionadores que doaram à Biblioteca Nacional. As obras revelam a metamorfose da Bíblia ao longo dos séculos. Entre as peças selecionadas, um destaque é a “Segunda Bíblia Rabínica”, editada em Veneza por volta de 1525. A obra foi considerada por muito tempo o texto padrão da Bíblia Hebraica.


A “Bíblia de Walton”, editada em Londres em 1657, foi o primeiro livro publicado por subscrição (livros por encomenda) na Inglaterra. Sua tiragem original foi de menos de 30 exemplares. Com o tempo, a obra se tornou a mais procurada de todas as edições poliglotas da Bíblia. O fato de ser uma das versões mais completas e corretas do texto justifica a enorme busca pelo título exposto na mostra.

Além dela, a Bíblia poliglota de Plantin, datada da segunda metade do século XVI, também merece atenção especial. A grandiosa obra foi realizada com patrocínio do rei Felipe II da Espanha por influência do cardeal Spinoza. D. Pedro II e a sua filha a princesa Isabel, são outros monarcas que terão suas preciosidades expostas.

E por falar em grandiosidade, uma versão católica do texto editado a partir de uma tradução feita por Martinho Lutero, líder da reforma protestante, é outra raridade nas vitrines da mostra. Essa Bíblia é uma versão de 1692, com mais de 1700 páginas, pesa 11 quilos e está repleta de belas ilustrações, como a planta da Arca de Noé, em exposição.

Lutero é também o editor de uma versão do Novo Testamento em exposição. No volume de 1699, as margens grandes e a mancha de texto em pequenos caracteres de estilo gótico no centro da página sugerem uma Bíblia de estudo, em que possíveis anotações seriam feitas nos cantos do livro. Esses são apenas alguns dos 20 exemplares que fazem parte da mostra.

A mostra Bíblias do Mundo está ligada às comemorações do Dia da Bíblia. A data foi estabelecida em 1549 na Grã-Bretanha. No Brasil, a efeméride é celebrada no segundo domingo do mês de dezembro, conforme instituído pela Lei 10.335, de 19 de dezembro de 2001.

Bíblias do Mundo – Testemunhos de arte e fé
[Atualização] A mostra fica em cartaz até 10 de fevereiro
Na Divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional (3º andar).
Avenida Rio Branco, 219. Centro. Rio de Janeiro – RJ
De segunda à sexta, de 10h às 16h
Entrada Franca